sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Segunda Sessão com Dna. Ruth

       Dna. Ruth, conforme havíamos combinado, veio hoje à Sto. Amaro para mais uma sessão (clique aqui e veja a 1a. sessão). Está se sentindo bem melhor, disse. Seu sorriso franco e o semblante mais tranqüilo confirmam suas palavras.

       Durante a semana, em momentos nos quais a lembrança do filho voltava com mais intensidade, lembrava-se da decisão positiva que tomou na sessão anterior - "estou tranquila com Jesus no coração" - e isto a acalmava.

       Teve um sonho com o filho. No sonho, estava lavando roupa num tanque, roupa muito suja e "dela saía uma água escura...". Ouve um telefone tocar e sente a presença do filho próximo a ela. Ele lhe diz que João, seu tio (irmão da dna. Ruth), estava ao telefone, querendo falar com ela. Dna. Ruth sobe as escadas para o quarto, onde está o telefone. Mas, ao chegar, o telefone desliga. Perguntei-lhe o que sentia (intuia) que seu irmão queria: se lhe pedir algo, oferecer algo, ou apenas manter contato. Dna. Ruth acha João um bom homem, mas pouco ligado na família. No sonho, sentiu que ele queria apenas manter contato com ela.

       Conversando, analisamos em conjunto o sonho. Ficou claro que a roupa suja tinha a ver com o seu trabalho de auto-renovação. Afinal, quando lavamos uma roupa, a estamos renovando, purificando. Interessante que, o trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo que o Gil abriu hoje "ao acaso" foi a parábola da festa de núpcias, na qual Jesus faz a analogia do Reino dos Céus com a festa de núpcias do filho de um rei (cap. XVIII, item 1). Nesta parábola, após os primeiros convidados desperdiçarem a valiosa oportunidade e arcarem com as consequências disto (ação e reação), são convidados todos os demais para as núpcias. O Rei, chegando ao jantar de núpcias, percebe que um dos convidados está sem as vestes apropriadas para o evento nupcial e o interroga. O convidado não consegue se justificar e o Rei, então, manda que o expulsem.

       Dna. Ruth não participou da breve prece inicial que fizemos, como sempre, antes de iniciarmos o trabalho. Mas, esta parábola tem muito a ver com seu sonho. Neste, ela estava purificando suas vestes, lavando as "sujeiras internas" das mágoas, do remorso paralizante, da tristeza, dos pensamentos negativos, e as "sujeiras externas", atraídas por suas atitudes negativas, emitidas por encarnados e/ou desencarnados que se sintonizaram com tais atitudes. Renovando seus pensamentos e sentimentos, ela está se preparando para entrar em contato com vibrações de planos espirituais mais elevados, mais positivos. De fato, sua melhora mostra que já está começando a entrar numa sintonia melhor.

       O sonho ensina mais: o telefonema do irmão de bom coração (segundo ela o descreve), mas pouco ligado à família, mostra à dna. Ruth que no processo de renovação de suas atitudes, renovar o contato com os demais membros da família (a de sangue e também a família mais ampla) também é importante para ser admitida na festa nupcial, para sentir-se mais em paz. Um dos sintomas frequentes do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é a tendência ao isolamento. No sonho, ela estava sendo chamada (o telefone toca insistentemente) à vida, para se relacionar, ajudar e ser ajudada, colaborar com os outros e, assim, consigo mesma. E quem a alerta sobre este chamado? Seu filho desencarnado que morreu tentando protege-la e que ainda tenta ajudá-la.

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