A 2ª. família visitada no último sábado mora no mesmo cortiço da 1ª. família (veja narração sobre a 1a. família abaixo dos vídeos). No cômodo modesto moram a mãe (que vou chamar aqui de Dona Raquel, nome fictício, mas este caso é real, como todos os casos aqui narrados), com idade na faixa dos 50-60 anos, mas com aparência bem envelhecida, e o filho adulto. Antes morava com ela também outro filho, mais velho do que este.
O filho, após quebrar várias coisas no cômodo, cansou-se e adormeceu. Ao acordar, não se lembrava de nada. Contudo, a gravidade do acontecimento levou outros membros da família a forçarem-no a se mudar, sendo acolhido num sítio de familiares no interior do Nordeste.
A semi-paralisia de alguns dedos da mão direita, além de uma feia cicatriz no braço, foram seqüelas físicas mais visíveis resultantes da agressão. Mas a seqüela emocional é também perceptível. Agravando o caso, o outro filho que mora com ela está também tomando drogas. Numa intensidade menor do que tomava o irmão, mas, sob a influência de um mau amigo, parece estar aumentando a freqüência do uso.
Dna. Raquel, após ter passado por um período de desespero, está agora começando a reagir mais positivamente, como pudemos constatar nesta 2ª. visita que fizemos. Está começando a colocar sua candeia no alto, como ensina o trecho do Evangelho que lemos com ela e a ajudamos a refletir sobre a aplicação prática à sua vida nos momentos difíceis e no dia-a-dia.
Está começando a acreditar mais na Luz Divina dentro de si, a qual a liga com o Poder Maior, a Bondade Suprema. Fortalecendo sua fé sustentada pelo acolhimento e orientações que recebe no grupo coordenado pela Sílvia que freqüenta durante a semana (na unidade da FEESP da rua Sto. Amaro), e pelos tratamentos espirituais que está fazendo para si e pelos filhos.
Buscando aprender
Quando estávamos saindo, acompanhados até a porta pelas duas mães que visitáramos no cortiço, um rapaz, conhecido delas e morador do mesmo cortiço, nos abordou: queria fazer um curso na Federação e gostaria de saber como proceder para isto.
Incentivamos sua iniciativa e ele nos disse, com jeito espontâneo, que achava o Espiritismo uma religião moderna e que, ao contrário de muitos, não tinha medo de espíritos, pois são como a gente. Sílvia já o conhecia e orientou-o. Percebi que parecia estar se formando, naquela velha casa, um pequeno e ainda incipiente núcleo de pessoas interessadas no Espiritismo, uma pequena chama de luz que poderia crescer...
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