Uma das visitas que fizemos sábado retrasado foi num cortiço, no qual mora uma família composta da mãe, o marido (que estava fora) e 4 crianças: a mais velha com cerca de 9 anos, em seguida um menino de 7 anos, uma garotinha de 3 anos e um bebê de 8 meses, com Síndrome de Down.
A mãe, que chamarei aqui de Silvana, estava de cama, com uma gripe forte, já há dias. Mesmo assim, havia comparecido, como sempre, ao grupo de apoio durante a semana, sem se queixar. Levantou para nos receber e participou ativamente do Evangelho no Lar.
Sua família quando soube, a partir dos exames pré-natais, que a criança que ela esperava tinha Síndrome de Down, quis forçá-la a abortar. Ela resistiu. O marido, alcoólico, rejeitou o bebê quando nasceu. A irmã insiste que ela doe a criança. Mas Silvana não desiste.
Ela tem suas dificuldades, mas vem se desenvolvendo com a ajuda do grupo de apoio, com o qual se identifica. Nele tem recebido orientações da Sílvia e colaboradores sobre cuidados durante a gravidez, a amamentação, higiene e educação do bebê, além de proveitosa troca de idéias com outras mães. Sem contar a orientação espiritual cristã que, respeitando os credos espíritas, católicos, evangélicos e outros das participantes, dá a elas esclarecimentos e diretrizes para uma vida mais equilibrada, numa linguagem que elas entendem, que lhes fala de seus problemas do dia-a-dia e soluções práticas embasadas no Evangelho.
O maiores são também muito conhecidos da Sílvia, porque frequentam assiduamente, com bom aproveitamento, a escolinha de música da unidade Santo Amaro da FEESP. Além de aprenderem música (violino e canto), também aprendem a rezar, como pude ver durante o Evangelho. Durante o diálogo, após a leitura do trecho do Evangelho, ficaram atentos, e estimulados a falar, os mais velhos deram suas opiniões infantis, mas pertinentes ao assunto. Na oração inicial e principalmente nas vibrações e oração final, mantiveram-se concentrados, de olhinhos fechados e com as palmas das mãos voltadas para cima. Mesmo o bebê manteve-se tranquilo o tempo todo, como se respeitando a ocasião. Comovente.
Silvana tem travado o "bom combate", de que falava Paulo de Tarso ao discípulo e amigo Timóteo (II Tm 4:7), em defesa do bebê. Que Jesus a proteja e ilumine seus caminhos e de sua família!
É difícil entender como conseguem desenvolver este tipo de trabalho.
ResponderExcluirAdmiro demais.
Valeu, Fabi! Você tem contribuído por exemplo, com a campanha do Natal do ano passado para os presentes das crianças e as campanhas que está articulando para este ano. Obrigado e um grande abraço!
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